segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

AULA 3

“Se os habitantes do bairro dos Jardins, em São Paulo, migrassem para Guariba, no Piauí, a primeira providência seria estabelecer uma urbanização adequada, água encanada, coleta de esgotos e de lixo, para a qual não faltaria grupo econômico interessado em investir, uma vez que a população poderia pagar.”
Aldo Rebouças
AULA 3: ÁGUA:O FUTURO PODE MORRER DE SEDE[1]
FALTA DE ÁGUA OU FALTA DE VONTADE POLÍTICA?
A água não vai acabar assim tão fácil. Mas o estrago que a sua ausência provoca na vida de milhões de pessoas é definitivo. Por isso, é importante considerar a diferença entre falta de água e a falta de acesso a ela. Uma diferença essencial porque tem muita gente vivendo a escassez a poucos quilômetros de fontes abundantes. Ou seja, água existe. Temos de rapidamente nos estruturar para ter acesso a ela.
Contabilizamos 1,2 bilhões de pessoas sem à água e 2,5 bilhões que vivem sem nenhuma espécie de rede de esgoto – condição que resulta na morte de 25 mil pessoas por dia por causa das doenças associadas à má qualidade de água. Esse fato se torna completamente insano, senão pelo bem mais precioso que é a vida humana, por cálculos feitos pela UNESCO que comprovam ser mais barato para todos os países suprir suas populações com água de boa qualidade e saneamento do que pagar as contas dos estragos com saúde pública. Os mais variados estudos já comprovaram uma diminuição em até 70% das doenças relacionadas com a água em populações com acesso a água potável e saneamento.
SAÚDE, UMA LOUCURA!
É assustador pensar sobre isso! Tanto pela soma absurda de mortes causadas por doenças relacionadas à contaminação da água – 205 por hora em todo mundo – quanto, e principalmente, pelo fato de que isso poderia ser evitado com o acesso das populações à água potável, saneamento básico e ao tratamento das águas.
O Programa Ambiental das Nações Unidas informa que a metade dos leitos hospitalares em todo mundo é ocupado por portadores de doenças causadas pelo uso de água imprópria.
TESOUROS SOB A TERRA:
O planeta Terra tem muita água. 1,386 bilhão de quilômetros cúbicos desse recurso estão entre nós sabe-se lá a quantos milhares de anos. 2,5% desse volume, 35 milhões, totalizam a água doce. Tiramos 24,4 milhões em geleiras e o que sobra fica a disposição para o uso da humanidade, 0,3% ou 10,6 milhões de quilômetros cúbicos. Ainda assim continuamos com muita água!
A água que nos interessa está em lagos, rios, zonas úmidas e debaixo da terra, nos lençóis freáticos ou aqüíferos. Temos 10,5 milhões de quilômetros cúbicos de água nos subsolos, e apenas 135 na superfície. O Brasil possui uma reserva substancial dessas reservas naturais, 15% de toda a água da Terra, e o maior fluxo de água do mundo.
O Aqüífero Guarani que está no subsolo de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, é o maior reservatório de água doce do mundo.
REDESENHANDO A NATUREZA:
Grande parte dos recursos hídricos foi modificada e na lista dos agentes transformadores estão os inúmeros processos desenvolvidos pelo homem, principalmente a partir da revolução industrial. Para garantir o abastecimento nas várias áreas ele represou os rios, implantou métodos de irrigação, perfurou poços, retirou quantidades imensas de água para alimentar a indústria, a agricultura e os centros urbanos.
O surto das represas também foi outro fator determinante na transformação da paisagem natural. O Conselho Mundial de Água calculou a existência de 800 mil reservatórios e represas, grandes e pequenos, em todo o mundo. Construídas com o objetivo de gerar energia e armazenar água de abastecimento, as represas interferiram no trajeto de 60% dos rios mais importantes do mundo. Na época da febre das construções, década de 1990, 80 milhões de pessoas foram deslocadas. Combatidíssimas por ambientalistas, as represas são acusadas de destruir importantes ecossistemas.
QUEM GASTA MAIS ÁGUA:
A agricultura consome 70% da água disponível no planeta, enquanto a indústria fica com 21% e o uso doméstico 9%.
Chama-se desperdício não a água que cai pelo ralo, mas aquela que nem chega às torneiras. No Brasil há 47% de desperdício de água potável destinada ao consumo humano por causa da má conservação dos canos e redes clandestinas. Tal volume daria para abastecer de três a quatro países com a mesma demanda da Suíça, da França ou da Bélgica.
Dos 70% de água consumidos pela agricultura, podemos calcular que a metade é desperdiçada no processo de irrigação, que lança ao solo uma quantidade de água incapaz de ser absorvida por ele. Normalmente os agricultores utilizam a irrigação intensiva porque ela produz várias colheitas ao ano. Mas a saturação do solo pela água provoca a salinização e com o tempo as colheitas tornam-se empobrecidas. Os agricultores, então, para revitalizar o solo, utilizam maiores quantidades de produtos químicos, agravando o quadro de poluição. Estabeleceu-se um ciclo vicioso que só termina com a esterilidade do solo.
É preciso observar ainda que as águas desprezadas no processo de cultivo e irrigação retornam aos rios e aqüíferos carregadas de produtos químicos.
ISRAEL x NORDESTE:
“Um pernambucano dispõe, em média, de mais água do que um alemão. O baiano tem potencial hídrico equivalente ao francês. Um piauiense dispõe de tanta água quanto um norte-americano. Mas a realidade aponta um consumo por habitante, na região nordestina, inferior a 10% do potencial de água dos rios, enquanto nos países um pouco mais desenvolvidos essa porcentagem está entre 24% e 92%.” (Aldo Rebouças, geólogo). Motivo da falta de água para a população? Político, sem dúvida.
Em condições climáticas semelhantes ou ainda mais críticas que as nossas, os israelenses se notabilizaram pela forma com que equacionaram a questão do abastecimento e pela aplicação de técnicas de irrigação que transformaram a agricultura de Israel em uma das mais desenvolvidas do mundo.
Foram os avanços tecnológicos – em parceria com as universidades – que permitiram a Israel reutilizar efluentes domésticos e industriais na agricultura e no recarregamento artificial do aqüífero.
PARA CASA (01/03): Um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos no Brasil tem sido o da transposição do Rio São Francisco. Pesquise sobre o tema e faça um texto expondo o problema, os prós e contras da transposição e a sua visão sobre o projeto, baseando-se, também, nas discussões em sala. O trabalho será entregue ao professor e valerá nota.


[1] Este texto é uma seleção de trechos do livro Água, Urgente!, de Claudia Piccazio  (Editora Terceiro Nome, São Paulo, 2007).

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

AULA 2: GOLPE MILITAR NO EGITO

NOTÍCIAS DE 13/02/2011:
DISSOLUÇÃO DO PARLAMENTO EGÍPCIO e MANIFESTANTES DEIXAM AS RUAS

JORNAIS NACIONAIS
ESTADÃO:
     Milhares de manifestantes deixaram a Praça Tahrir, no centro do Cairo, após a junta militar que assumiu o poder no Egito na sexta-feira anunciar a dissolução do Parlamento e a suspensão da Constituição, no domingo.
     Em um comunicado transmitido pela TV, o Comando Militar que assumiu o poder no país anunciou que ficará no poder por seis meses ou até a realização de eleições.

FOLHA:
     Horas após o Conselho Supremo das Forças Armadas ter anunciado medidas concretas atendendo às demandas dos manifestantes no Egito, como a dissolução do Parlamento, a suspensão da Constituição, o Departamento de Estado dos EUA disse ter recebido do chanceler egípcio garantias de que os militares estão comprometidos com a transição de poder a um governo civil.
     De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip J. Crowley, o chefe de Relações Exteriores egípcio teria enviado mensagens à chefe da diplomacia dos EUA, Hillary Clinton, que na tarde deste domingo telefonou para vários colegas em diversos países do mundo.

O GLOBO:
     CAIRO - Dois dias após a queda do ex-ditador Hosni Mubarak , o Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, que assumiu o poder, anunciou neste domingo que suspenderá a Constituição, dissolverá o Parlamento e formará uma comissão para redigir uma nova Carta Magna para o país. Os militares também informaram que governarão o país por seis meses ou até a realização de eleições.
     "O Conselho Supremo das Forças Armadas vai gerir os assuntos do país por um período temporário de seis meses ou até o fim das eleições para o Senado e a Câmara e as eleições presidenciais", diz o comunicado, anunciando ainda o "estabelecimento de um comitê para alterar algumas cláusulas da Constituição e definir as regras para um referendo popular sobre isso."

AGÊNCIAS DE NOTÍCIA
REUTERS:
     CAIRO, 13 de fevereiro - (Reuters) - O governo militar do Egito disse no domingo que dissolveu o Parlamento, suspendeu a Constituição e que pretende governar por apenas seis meses ou até que as eleições aconteçam.
     Numa declaração, o Conselho Supremo Militar, que assumiu depois que 18 dias de protestos puseram fim aos 30 anos de governo de Hosni Mubarak, prometeu fazer um referendo sobre emendas constitucionais.

BBC:
     Em um comunicado feito na TV estatal egípcia, a junta militar disse que ficará no poder por seis meses, ou até a realização de eleições.
     No pronunciamento, o Comando Militar declarou ainda que irá formar um comitê para elaborar uma nova Constituição, que será depois submetida a um referendo popular.
     Um correspondente da BBC no Cairo afirmou que, segundo este pronunciamento, as eleições presidenciais egípcias poderiam ocorrer em julho ou agosto, em vez de setembro, como havia sido previamente marcado.
     O gabinete de governo do Egito fez neste domingo a sua primeira reunião desde que o presidente Hosni Mubarak deixou o poder, na última sexta-feira.
     Os integrantes do gabinete são os mesmos apontados por Mubarak dias antes de renunciar. Eles foram mantidos pelo Comando Militar, que assumiu o poder no país, para que realizem os trabalhos de transição política.

AFP (ASSOCIATED FRANCE PRESSE)
     CAIRO (AFP) - O Conselho Superior das Forças Armadas dissolveu o Parlamento egípcio, eleito em dezembro, e suspendeu a Constituição, segundo um comunicado lido neste domingo na televisão estatal, que indica que o período de transição após a renúncia de Hosni Mubarak terá duração de seis meses.
     No "comunicado número 5", o conselho, ao qual Mubarak cedeu o poder na sexta-feira, anuncia "a dissolução da Assembleia do Povo e da Shoura", as duas Câmaras do Parlamento, amplamente dominado pelos membros do Partido Nacional Democrata (PND).

JORNAIS ESTRANGEIROS
THE GUARDIAN (INGLATERRA):
     O Exército egípcio rejeitou as demandas dos protestantes pro-democracia por uma transferência de poder para uma administração civil, dizendo que pretendem governar por lei marcial até as eleições.
     O pronunciamento do exército, que incluiu a suspensão da constituição, foi uma revés adicional para alguns ativistas pró-democracia, depois que as tropas foram enviadas para limpar os manifestantes do Cairo Tahrir Square, local que é o centro dos protestos que derrubaram Hosni Mubarak. "Nós não queremos manifestantes na praça, depois de hoje", disse o chefe da polícia militar, Moustafa Ali Mohamed Ibrahim. Muitos concordaram em deixar a praça, mas alguns radicais recusaram, dizendo que continuariam até que o exército tomasse uma série de passos em direção a reformas democráticas, incluindo a instalação de um governo civil e abolindo o estado de emergência.

LE MONDE (FRANÇA)
     O exército egípcio iniciou oficialmente a era pós-Mubarak do Egipto, domingo, 13 de fevereiro, anunciando a suspensão da Constituição e a dissolução do Parlamento, dominado por membros do Partido Nacional Democrático (NDP).
     O Conselho Supremo das Forças Armadas, no poder desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, disse em um comunicado que o período transitório durante o qual eles vão "comandar a gestão empresarial do país temporariamente" durará seis meses "ou até o fim das eleições legislativas para a Presidência da República."

EL PAÍS (ESPANHA) :
     La plaza de la Liberación de El Cairo, corazón de la revuelta que el viernes acabó con los 30 años de régimen de Hosni Mubarak, debería quedar hoy despejada de manifestantes. El Ejército, ahora poder supremo en el país tras la renuncia de Mubarak y la toma del poder por el mariscal Tantaui como líder del Consejo Supremo de las Fuerzas Armadas, ha ordenado esta mañana a las escasas docenas de egipcios que aún seguían en la plaza que recojan sus cosas y desalojen.
     Un grupo de soldados ha rodeado a los que aún seguían en la plaza Tahrir y les han conminado a primera hora de la mañana a recoger sus bártulos y despejar el lugar en una hora. "Tenemos una hora, estamos rodeados de policía militar. No sabemos qué hacer. Estamos discutiendo qué hacer", ha declarado uno de los últimos de la plaza a la agencia Reuters. Ha añadido que uno de los agentes les ha asegurado que, si no se marchan, serán arrestados. Policías militares con boinas rojas conminan a los rezagados a apurar sus últimos momentos en una plaza en la que se han llegado a juntar cientos de miles de voces y que tras dos semanas largas de gritos y protestas pacíficas -solo el viernes 1 de febrero fue escenario de violencia, por la irrupción de cientos de partidarios de Mubarak con la intención de reventar la protesta- consiguió el pasado viernes forzar la salida de un presidente que había ejercido el poder durante tres décadas.

THE NEW YORK TIMES (ESTADOS UNIDOS):
     CAIRO — Neste domingo, o exército militar consolidou seu controle sobre o que foi chamada de transição democrática, de aproximadamente três décadas do comando autoritário de Hosni Mubarak, dissolvendo um parlamento débil, suspendendo a constituição e convocando eleições para daqui a seis meses, e dando uma grande resposta às demandas dos manifestantes.
     A declaração do Conselho Supremo das Forças Armadas, lido na televisão, colocou o Egito sob a autoridade militar direta, empurrando o país para um território desconhecido desde o Egito republicano, fundado em 1952. Apesar de desfrutar de apoio popular, os militares têm agora de lidar com a difícil tarefa de negociar uma passagem pós-revolucionária ainda no calor da queda de Mubarak, com a obrigação de aliviar as dificuldades dos egípcios.

PARA CASA (22/02):
A partir das notícias acima, escreva um texto analisando a relação dos Estados Unidos e do Irã com os acontecimentos no Egito. O que cada um dos países espera do futuro político egípcio e como eles estão agindo para que isso aconteça? O trabalho será entregue ao professor e valerá nota.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

AULA 1

“Jornalismo consiste em escrever, mediante remuneração, sobre assuntos em que não se é versado.” Leslie Stephens
AULA 1: NOÇÕES BÁSICAS DE JORNALISMO[1]
A palavra jornalismo significa, hoje, todas as formas nas quais e pelas quais as notícias e seus comentários chegam ao público. Todos os acontecimentos mundiais, desde que interessem ao público, e todo o pensamento, ação e idéias que esses pensamentos estimulam, constituem o material básico para o jornalista.
Jornalismo é a transmissão de informação de um ponto a outro, com exatidão, penetração e rapidez, numa forma que sirva à verdade e torne aquilo que é certo evidente aos poucos, quando não imediatamente.
DEVERES DO JORNALISTA:
1- A imprensa deve ser independente: ter bases econômicas próprias, obtendo lucro sem ser subvencionado (nem por empresas privadas nem pelo estado).
2- A imprensa deve ser imparcial: isso é um ideal, não uma virtude.
3- A imprensa deve ser exata: difundir a verdade e objetivar os fatos é a finalidade da imprensa.
4- A imprensa deve ser honesta: honestidade nas notícias e nos assuntos.
5- A imprensa deve ser responsável: Um grande jornal deve destinar-se muito mais à consecução de elevados fins para o benefício público, do que simplesmente ganhar dinheiro para o benefício dos acionistas da empresa.
6- A imprensa deve ser decente: principalmente na maneira de conseguir as notícias.
OBJETIVOS DO JORNALISMO:
A imprensa deve informar, interpretar, orientar e entreter. “Difundir a notícia é o primeiro objetivo do jornalismo: a função primordial dos jornais é comunicar ao gênero humano o que seus membros fazem, sentem, pensam[2]”. “Sem as notícias, as pessoas em sociedade perderiam aquele sentido de identidade[3]”.
O jornalismo de hoje deve fazer com que chegue ao leitor ou ouvinte, além da notícia de um fato, de um acontecimento ou de uma teoria, também explicações, interpretações, material de base, e diagramas, orientados no sentido de ajudar o indivíduo a compreender melhor o que lê ou ouve.
A notícia é a matéria-prima da opinião. A opinião pode ser formulada sem nenhuma palavra de comentário, pela forma de apresentar a notícia.
O BÁSICO DA NOTÍCIA
Para uma reportagem ser completa, ela deve responder a seis “perguntas fundamentais”: QUEM? O QUE? QUANDO? ONDE? POR QUE? COMO?
Como o mundo de hoje é dinâmico, e os leitores ou expectadores têm pouco tempo para se atualizar, os jornalistas escrevem suas reportagens de modo a dar todas as principais informações logo no começo do texto.
O primeiro parágrafo se chama LEAD. Nele serão condensadas as respostas para praticamente todas as seis “perguntas fundamentais”. Quando não responde a todas as perguntas no primeiro parágrafo, o repórter completa as informações no segundo parágrafo, chamado SUB-LEAD.
Estes dois primeiros parágrafos dão uma noção completa sobre o assunto da matéria, e deixam ao leitor a liberdade de continuar a leitura ou não.
PARA CASA (15/02): Escolha uma matéria de jornal impresso (Estadão, Folha, etc.) e analise de que forma o jornalista montou a reportagem. Se ele respondeu às perguntas fundamentais, como fez o LEAD (se usou ou não SUB-LEAD), e escreva uma pequena análise crítica sobre a matéria. A reportagem deve ter, ao menos, três parágrafos. O trabalho será entregue ao professor e valerá nota.


[1] Este texto é uma seleção de trechos do livro Introdução ao Jornalismo, de F. Fraser Bond  (Editora Agir, Rio de Janeiro, 1959).
[2] Sociedade americana dos diretores de jornais
[3] James Russel Wiggins, ex-diretor-gerente do Washington Post.

AULA 1 - ANÁLISE DE LIDE

MATÉRIA 1:

CRIMINOSOS INVADEM CASA EM SÃO PAULO

Quatro homens armados invadiram a casa do secretário de Transportes e Logística do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, por volta das 9h de segunda-feira (7).

Os criminosos permaneceram por cerca de 4h no interior do imóvel. Jóias, dinheiro, celulares e o carro do secretário foram levados.

Segundo informações da polícia, Saulo estava em casa junto com a mulher e a filha. Os três familiares foram obrigados a ficar deitados no chão enquanto a quadrilha revirava o imóvel em busca de objetos de valor.

Os criminosos saíram do local no carro do secretário. Na fuga o portão da garagem da casa foi arrebentado.

O veículo foi encontrado na região do Butantã, zona oeste de São Paulo, próximo à rodovia Raposo Tavares.

O caso foi registrado no 14º Distrito Policial de Pinheiros. A polícia informou que nenhum suspeito foi preso até as 4h desta terça-feira.

Saulo de Castro foi secretário de Segurança Pública do Estado no governo de Geraldo Alckmin (2002 a 2006), período marcado pelos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Lide:
O QUE: Invasão da casa do secretário de Transportes e Logística do Estado de São Paulo
QUEM: Quatro homens
COMO: Armados
QUANDO: Segunda-feira, por volta das 9h
ONDE: Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo
POR QUE: Jóias, dinheiro, celulares e carro


MATÉRIA 2:
O RECORDE DO BLOQUEIO DE OSASCO
O bloqueio do Osasco foi a sensação da rodada do último fim de semana da Superliga de Vôlei. No jogo contra o Pinheiros, o time fez 26 pontos nesse fundamento, mais de um set. Se você gosta de estatística, uma informação legal: esse é novo recorde de número de bloqueios em uma só partida da Superliga. A marca anterior, 25 pontos, pertencia ao Rio e tinha sido registrada na temporada 2005/06.

Para você ter ideia do que essa marca significa basta lembrar que a média de bloqueios de uma equipe por jogo é por volta de 12 pontos. O paredão do Osasco também funcionou bem graças à atuação do trio formado por Jaqueline, Adenízia e Thaísa. As duas primeiras fizeram 7 pontos nesse fundamento e a Thaísa 6 pontos. O que mais impressionou foi a eficiência da Jaqueline: em 8 bloqueios, marcou 7 pontos. Adenízia precisou fazer 21 bloqueios para marcar sete pontos. Já Thaísa fez 12 bloqueios e registrou 6 pontos.

O Osasco é o vice-líder, tem no papel o melhor time da Superliga e sofreu um grande susto no jogo contra o Pinheiros. A ponteira Jaqueline, sua jogadora mais importante e completa, se machucou no quarto set. Sofreu uma lesão no joelho esquerdo e saiu da quadra chorando.

O diagnóstico inicial foi luxação da patela, conhecida antigamente como rótula. A previsão é que a ponteira volte às quadras em uma semana. Nesta segunda-feira no twitter, a oposta Natália deu informações sobre Jaqueline: "Ela esta bem graças a Deus, não foi nada grave! Só uns dias de repouso e tratamento". Sorte do Osasco. Sem Jaqueline, o time não é o mesmo. Ela tem boa recepção, defende muito, faz diferença no ataque e também no bloqueio.

Lide:
O QUE: O recorde de bloqueios num jogo foi batido
QUEM: O bloqueio do Osasco
COMO: Fazendo 26 pontos
QUANDO: no último final de semana
ONDE: NÃO DIZ
POR QUE: Foi um recorde


MATÉRIA 3:

Mubarak aumenta salário de funcionários públicos no Egito
Com medida, governo tenta aumentar apoio, mas manifestações contra o presidente chegam ao 14º dia

CAIRO - O governo do Egito decidiu nesta segunda-feira, 7, conceder um aumento de 15% nos salários e pensões de funcionários públicos, numa tentativa de aumentar o apoio ao governo de Hosni Mubarak em meio aos protestos populares que pedem sua renúncia. A decisão foi tomada durante a primeira reunião de gabinete desde que a crise teve início, duas semanas atrás.

O ministro de Finanças, Samir Radwan, diz que cerca de 6,5 bilhões de libras egípcias (US$ 960 milhões) serão alocados para cobrir as novas despesas. O aumento salarial passará a valer em abril e vai atingir cerca de 6 milhões de funcionários públicos.

O governo de Mubarak tem contado com o apoio político do funcionalismo público. Houve confrontos entre grupos pró-governo e opositores nas ruas do país. Milhares de manifestantes prometeram não deixar o coração do centro do Cairo até que Mubarak, que está há 30 anos no poder, renuncie.

A reunião ministerial ocorre em paralelo ao diálogo com a oposição egípcia. Os líderes opositores relataram pouco progresso no diálogo com o governo e afirmam que não há "nenhuma mudança sólida".

Mubarak já anunciou que não concorrerá novamente nas eleições de setembro, mas os manifestantes exigem sua deposição imediata.

Lide:
O QUE: Aumento de salários e pensões de funcionários públicos
QUEM: O governo egípcio
COMO: Alocando 6,5 bilhões de libras egípcias (US$ 960 milhões)
QUANDO: A partir de Abril
ONDE: CAIRO
POR QUE: numa tentativa de aumentar o apoio ao governo de Hosni Mubarak em meio aos protestos populares que pedem sua renúncia