domingo, 7 de agosto de 2011

TEXTO PARA PROVA TRIMESTRAL

ALUNOS, SEGUE ABAIXO O TEXTO PARA A PROVA DE ATUALIDADES:
Meu filho, você não merece nada
Eliane Brum
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
§  É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

(
Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

AULA 12

Jornal do Brasil
Carlos Eduardo Novaes

Confeço qui to morrendo de enveja da fessora Heloisa Ramos que escrevinhou um livro cheio de erros de Português e vendeu 485 mil ezemplares para o Minestério da Educassão. Eu dou um duro danado para não tropesssar na Gramática e nunca tive nenhum dos meus 42 livros comprados pelo Pograma Naçional do Livro Didáctico. Vai ver que é por isso: escrevo para quem sabe Portugues!
A fessora se ex-plica dizendo que previlegiou a linguagem horal sobre a escrevida. Só qui no meu modexto entender a linguajem horal é para sair pela boca e não para ser botada no papel. A palavra impreça deve obedecer o que manda a Gramática. Ou então a nossa língua vai virar um vale-tudo sem normas nem regras e agente nem precisamos ir a escola para aprender Português.
A fessora dice também que escreveu desse jeito para subestituir a nossão de “certo e errado” pela de “adequado e inadequado”. Vai ver que quis livrar a cara do Lula que agora vive dando palestas e fala muita coisa inadequada. Só que a Gramatica eziste para encinar agente como falar e escrever corretamente no idioma portugues. A Gramática é uma espéce de Constituissão do edioma pátrio e para ela não existe essa coisa de adequado e inadequado. Ou você segue direitinho a Constituição ou você está fora da lei - como se diz? - magna.
Diante do pobrema um acessor do Minestério declarou que “o ministro Fernando Adade não faz análise dos livros didáticos”. E quem pediu a ele pra fazer?  Ele é um homem muito ocupado, mas deve ter alguém que fassa por ele e esse alguém com certesa só conhece a linguajem horal. O asceçor afirmou ainda que o Minestério não é dono da Verdade e o ministro seria um tirano se disseçe o que está certo e o que está errado. Que arjumento absurdo! Ele não tem que dizer nada. Tem é que ficar caladinho por causa que quem dis o que está certo é a Gramática. Até segunda ordem a Gramática é que é a dona da verdade e o Minestério que é da Educassão deve ser o primeiro a respeitar.  

terça-feira, 31 de maio de 2011

AULA 11

AULA 11 - POLITIZAÇÃO DA SOCIEDADE

Vejam isso e reflitam. Na semana que vem conversaremos sobre o assunto: (esta imagem aparecia assim que você acessava o site http://www.monica.com.br/ )

segunda-feira, 30 de maio de 2011

AULA 10

PRÊMIO CEP DE RÁDIO-JORNALISMO

MELHOR REDAÇÃO PARA RÁDIO:
- DESTAQUES DO BRASILEIRÃO - 3oB
GRUPO: BRUNO COSTA, CAIO BATTISTON, LUCAS NUNES, ANA PAULA, PATRÍCIA DA COSTA

OUÇ A A REPORTAGEM

http://www.4shared.com/audio/CY9on6zA/02_online.html

MELHOR APRESENTADOR:
- LEONARDO AZEVEDO - 3oB
REPORTAGEM: TORNADO NOS EUA

MELHOR APRESENTADORA:
- GABRIELA LOPES - 3oB
REPORTAGEM: TORNADO NOS EUA

OUÇ A A REPORTAGEM

segunda-feira, 16 de maio de 2011

AULA 9

AULA 9 - REPORTAGEM PARA RÁDIO

Em rádio, geralmente,
  • em primeiro lugar: QUE, QUEM.
  • em segundo plano: ONDE
  • em terceiro lugar: COMO e POR QUE.
  • CASO ESPECIAL: o QUANDO, geralmente, é desimportante.
Por tratar-se de rádio, presume-se que o fato tenha ocorrido naquele momento ou naquele turno do dia. No entanto, em casos excepcionais, o QUANDO assume importância fundamental, aparecendo então em posição de primeiro plano.
- ESTRUTURA FRASAL:
ordem direta: Sujeito + Verbo + Complemento Voz Ativa
Ex. Internacional sagra-se campeão do mundo.
- TEMPO VERBAL: preferencialmente, no PRESENTE.
quando não é possível, opte por estruturas verbais simples e não compostas. (Havendo dois ou mais verbos, numa frase, experimente cortar um deles).
- Apresentar as frases no SINGULAR em detrimento das frases do plural.
Ex.: Chuva inunda o centro de Porto Alegre.
Não: Chuvas inundam o centro de Porto Alegre.
- No texto, o CARGO antecede o nome:
Ex. O presidente do Brasil, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, assina decreto-lei anistiando municípios.
- Use sempre CAIXA ALTA para indicar o NOME PRÓPRIO PESSOAS.
- SUBLINHAR no texto: ÊNFASES pretendidas para a leitura.
- SUBLINHAR, ainda, EXPRESSÕES JOCOSAS e/ou DÚBIAS.
- SIGLAS: desdobrá-las.NO ENTANTO, não desdobrar aquelas mais conhecidas: PT, Petrobrás,CRT.
- USE ponto e vírgula normalmente.
MAS
, em RÁDIO, o TRAVESSÃO é, também, sinal
ASSIM, ao término de uma linha use: ./
E, ao término do texto use: .////
Use, ainda, três ou quatro sinais de / para pontuar PAUSA em meio ao texto.
- NUNCA separe sílabas em texto radiofônicos: nem no final de linha, nem de lauda.
- NUNCA SEPARE sílabas, dos nomes próprios, tampouco.
- NÚMEROS CARDINAIS: até nove, incluindo o ZERO, escreve sempre por extenso.
- IDEM: por extenso: ONZE, VINTE E DOIS, TRINTA E TRÊS (nº algarismo dobrado).
- NÚMEROS ORDINAIS: sempre por extenso.
- EDITE ORDINAIS ACIMA DO DÉCIMO.
Ex. Príncipe Charles abre as comemorações dos 350 anos da Universidade de Harvard. Portanto, acima de DÉCIMO, use numeral cardinal.
- Números associados a palavras (sobretudo femininas): SEMPRE POR EXTENSO.
- Para datas: Escreva: 15 de abril de 1980
- HORAS: Escreva: duas horas, onze horas NUNCA ABREVIE.
- Nº de telefone: por extenso: dois-quatro-oito, quatro-nove, cinco-sete.
- Dinheiro: por extenso, observando regra dos numerais cardinais:
Ex.: três mil e 500 reais.
- Para redigir números grandes:
340 milhões, 200 mil, sessenta e dias pessoas, ou 320 milhões, 280 mil e 20 homens.
- Na contagem do tempo, escreva: 2 minutos, 35 segundos,ou 3 minutos, 45 segundos e 8 décimos.
- Redobre cuidados com acentos. Acentuação incorreta faz locutor errar leitura.
- Pesos e medidas: por extenso: Ex. dois mil litros/// 45 metros
(Lembrar: Grama, em Português, é palavra masculina): O grama de ouro custa...
- Frações: escreva por extenso: Ex. Dois quintos de população brasileira...
- Número, percentuais:
escreva 27 vírgula nove por cento.
34 vírgula sete por cento.
- Instituições com nomes longos, simplifique: Use SINDICADO DOS PETROLEIROS e não SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS EMPRESAS DE PETRÓLEO E GÁS LIQÜEFEITO.
- TEMPO VERBAL: (reforçando): prefira o TEMPO PRESENTE.
Ex.UNISINOS integra rede Internet a partir de dezembro.
2ª Opção:
UNISINOS integrará rede Internet a partir de dezembro.
Evitar:UNISINOS estará/estaria integrando INTERNET a partir de dezembro.
- Marque as citações, no texto, com aspas. O jogador disse "já sou contratado".
- Palavras e nomes próprios estrangeiros: sublinhe e use grafia correta. No alto da lauda, com asterisco (*) escreva a pronúncia correta e aportuguesada.
- Sublinhe as palavras que devam ser enfatizadas pelo locutor.
- Sublinhe os títulos de obras.
- Escreva por extenso as frações, porcentagens e, também, os números ROMANOS.
- Ao REDIGIR, leia texto mentalmente, para obter maior sonoridade.
- Ao CONCLUIR REDAÇÃO leia o texto na íntegra e faça a CORREÇÃO FINAL.
- Para redigir MANCHETE use FOLHA única e indique frase (máximo 100 dígitos) com asterisco.
Ex. *** MINISTRO DO TRABALHO QUER AUMENTAR SALÁRIO MÍNIMO.


FACULDADE DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA THEREZA PORTO MARQUES

terça-feira, 3 de maio de 2011

AULA 8

AULA 9 - A MORTE DE OSAMA BIN LADEN

Obama vai à TV para confirmar morte de Osama bin Laden; Hillary diz que "justiça foi feita"
Do UOL Notícias*
Em São Paulo

O líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, está morto e seu corpo foi resgatado por autoridades dos Estados Unidos. A informação foi confirmada pelo governo americano. Bin Laden morreu durante um ataque dos EUA a uma mansão nos arredores de Islamabad, capital do Paquistão, país vizinho ao Afeganistão.

O corpo do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, teria sido sepultado no mar após passar por rituais tradicionais islâmicos, afirma a imprensa americana. As redes CNN, MSNBC e Fox afirmaram que um oficial americano confirmou que o corpo de Bin Laden foi sepultado no mar, sem dar maiores detalhes. A AFP não conseguiu obter uma confirmação dessa informação junto a oficiais americanos.

A secretária de Estado americana Hillary Clinton disse nesta segunda-feira que a "justiça foi feita" ao comentar a morte de Bin Laden.

O presidente dos EUA, Barack Obama, fez por volta da 0h30 desta segunda-feira (horário de Brasília), um pronunciamento anunciando oficialmente a morte do líder terrorista de origem saudita Osama bin Laden.

De acordo com Obama, o governo dos EUA havia obtido informações na semana passada sobre a localização de Bin Laden em um complexo na periferia de Islamabad, capital do Paquistão. “Na semana passada determinamos que tínhamos informação suficiente [para conduzir um ataque contra Bin Laden]. Na noite de hoje [domingo], um pequeno time de soldados americanos levou a cabo a operação. Após um tiroteio, esses soldados mataram Bin Laden e capturaram seu corpo. Nenhum americano foi ferido e houve cuidado para que nenhum civil fosse ferido durante a operação”, disse Obama no pronunciamento.

O maior atentado planejado por Bin Laden foi o ataque contra as Torres Gêmeas, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001. Na ocasião, dois aviões foram lançados contra os dois edifícios mais altos dos EUA, provocando a morte de cerca de 3.000 pessoas. O atentado fez com que os EUA, então liderados pelo presidente George W. Bush, lançassem uma ofensiva contra o Afeganistão, país que abrigava Bin Laden e vários integrantes de sua rede terrorista, a Al Qaeda.

Alegria

Enquanto Obama fazia seu pronunciamento em rede nacional, centenas de americanos comemoravam em frente à Casa Branca, na noite deste domingo [horário local]. Gritando o nome dos Estados Unidos, alguns manifestantes exibiam bandeiras americanas num ato espontâneo diante da sede da presidência para comemorar a morte do chefe da Al Qaeda. "Nunca senti tamanha emoção", declarou John Kelley, estudante de 19 anos. "É algo que nós esperávamos há muito tempo".

Mais procurado

Bin Laden era o primeiro na lista dos criminosos mais procurados pelas autoridades americanas. As forças americanas tentavam capturar o líder da Al-Qaeda há mais de dez anos, bem antes dos ataques de 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3 mil pessoas no World Trade Center, em Nova York, e no Pentágono, em Washington.

Ele era acusado de comandar dezenas de outros atentados, incluindo as explosões em duas embaixadas americanas no Leste da África em 1998. De acordo com a rede de televisão americana CNN, Bin Laden foi morto em uma mansão nos arredores de Islamabad, no Paquistão.

Repercussão

Após o pronunciamento de Obama, duas importantes figuras políticas norte-americanas se manifestaram sobre a morte do terrorista mais procurado do mundo. George W. Bush, então presidente dos EUA quando aconteceu o ataque contras as Torres Gêmeas e o Pentágono em 11 de setembro, disse que a morte de Bin Laden representa “uma vitória para os Estados Unidos”.

Já o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, assegurou nesta segunda-feira que a morte de Osama bin Laden é uma "vitória muito importante" para os Estados Unidos e expressou sua esperança de que a notícia traga um pouco de alento para quem perdeu seus entes queridos nos ataques do dia 11 de setembro de 2001. Nova York foi a cidade onde os ataques mataram mais pessoas – foram cerca de 3.000 vítimas, no total.

"Após o 11 de setembro de 2001, demos nossa palavra como americanos que não nos deteríamos perante nada para capturar ou matar Osama bin Laden. Com a contribuição de milhões de pessoas, incluindo muitos que fizeram o máximo sacrifício por nossa nação, mantivemos essa palavra", disse Bloomberg.

O prefeito disse em comunicado que a morte de Osama bin Laden "não diminui o sofrimento sofrido pelos nova-iorquinos e pelos americanos, mas é uma vitória muito importante para nossa nação".

"Sua morte é uma homenagem aos milhões de homens e mulheres em nossas forças armadas e outros lugares que lutaram tão duro por nossa nação", assegurou.

*Com agências internacionais

segunda-feira, 25 de abril de 2011

AULA 8

AULA 8 - MASSACRE NO MÉXICO
por http://educacao.uol.com.br/atualidades/massacre-no-mexico-imigrantes-vivem-pesadelo-na-fronteira-com-os-estados-unidos.jhtm

Imigrantes vivem pesadelo na fronteira com os Estados Unidos

A fronteira do México com os Estados Unidos sempre foi retratada como um território violento e sem regras nos filmes de faroeste. Nos últimos anos, a ação de cartéis do narcotráfico tornou a realidade muito mais dramática que a ficção, sobretudo para milharesde imigrantes ilegais que partem em busca do "sonho americano". Direto ao ponto: Ficha-resumo

No dia 24 de agosto, os corpos de 72 estrangeiros (58 homens e 14 mulheres) foram encontrados pela Marinha mexicana numa fazenda situada próximo à cidade de San Fernando, no Estado de Tamaupilas, ao norte do México. Foi a maior chacina já registrada no país.

Entre os mortos estavam dois brasileiros. Os demais eram cidadãos de Honduras , El Salvador, Guatemala e Equador . O grupo tentava cruzar a fronteira com o Texas quando foi capturado pelos traficantes.

Apenas um jovem equatoriano sobreviveu ao massacre. Luis Freddy Lala Pomavilla se fingiu de morto e, mesmo ferido na garganta, conseguiu pedir ajuda aos militares.

Ele contou que os imigrantes ilegais foram sequestrados por integrantes do grupo Los Zetas ("Os Zs"), um dos cartéis de drogas que dominam a região. Os criminosos teriam proposto aos estrangeiros que trabalhassem como matadores de aluguel por um salário de US$ 1 mil por quinzena. Como recusaram a oferta, foram amarrados, amordaçados e fuzilados contra uma parede.

Jean Charles

Os brasileiros mortos moravam em cidades vizinhas a Governador Valadares (MG). A região é um dos principais pólos de exportação de mão de obra para os Estados Unidos e Europa desde os anos 1960.

Hermínio Cardoso dos Santos, 24 anos, e Juliard Aires Fernandes, 20 anos, vinham de famílias pobres e deixaram o campo em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos. Suas histórias são parecidas com a do brasileiro Jean Charles de Menezes , morto a tiros por policiais no metrô de Londres em 22 de julho de 2005, após ter sido confundido com um terrorista (veja filme indicado abaixo).

Milhares de imigrantes tentam atravessar todos os anos os 3,2 mil km de fronteira que separam o México dos Estados Unidos. Para isso, precisam vencer 1,2 mil km de muro, patrulhas e obstáculos naturais, como o Rio Grande e regiões desérticas. Os clandestinos pagam quantias a guias chamados "coiotes", que os levam através da fronteira.

De acordo com dados do Pew Hispanic Center, em 2008 havia 11,9 milhões de imigrantes ilegais vivendo nos Estados Unidos. Deste total, 76% eram hispânicos, a maioria composta por mexicanos (59%). Estimativas indicam que a comunidade brasileira é de cerca de 1,2 milhão de pessoas, sendo 20% ilegais.

No Arizona, o governo aprovou, em abril, uma lei que torna crime a imigração ilegal. A lei foi alvo de protestos de grupos de defesa dos direitos civis e é contestada na Justiça. O Estado do Arizona é a principal porta de entrada de estrangeiros sem documentos no país.
Violência

Nos últimos anos, porém, o domínio de traficantes tem tornado a travessia ainda mais perigosa. Eles sequestram e obrigam os clandestinos a transportarem drogas ou cometerem outros crimes. Os que se recusam a prestar serviços aos cartéis ou a pagar o resgate por suas vidas são executados.

Em 2009, pelo menos 10 mil foram vítimas de sequestro, segundo a Comissão de Direitos Humanos . Dados oficiais do governo mexicano também apontam 28 mil mortes desde 2006, quando o presidente Felipe Calderón iniciou uma ofensiva contra o tráfico.

A chacina de Tamaupilas foi a terceira ocorrida somente este ano. Outros 55 corpos foram encontrados em maio no Estado de Guerrero e, em julho, 51 vítimas na cidade de Monterrey, próximo ao Texas.

Ciudad Juárez, localizada na fronteira com El Paso (Texas), é considerada a cidade mais violenta, onde mais de 4.500 pessoas foram mortas desde 2008.

As mortes resultam tanto do confronto de traficantes com militares como consequência da guerra entre os cartéis. Eles assumiram o controle do tráfico de drogas na América do Sul, um negócio estimado entre US$13,6 a US$ 48,4 bilhões anuais, com o declínio dos cartéis colombianos - Medellin e Cali - nos anos 1980.

Estima-se que 90% da cocaína dos Estados Unidos entre no país através da fronteira mexicana. 70 % de todo tipo de droga ilegal que circula no país provém das quadrilhas mexicanas.

Os principais cartéis em atividade são: Cartel de Sinaloa, Cartel do Golfo, Família Michoacana, Beltrán Levya, Cartel de Juarez e Los Zetas.

O Los Zetas é considerado o mais violento grupo paramilitar em atividade no México. Ele foi fundado por desertores das Forças Especiais do Exército mexicano. No começo, seus integrantes foram contratados como mercenários pelo Cartel do Golfo em operações contra os zapatistas , nos anos 1990.

Entre os crimes atribuídos ao grupo está o assassinato de dois prefeitos mexicanos no mês de agosto. O corpo de Edelmiro Cavazos, prefeito de Santiago (Estado de Nuevo Leon), foi encontrado em 18 de agosto. O prefeito de Hidalgo (Estado de Tamaulipas), Marco Antonio Leal Garcia, foi executado a tiros no dia 29 de agosto. O cartel também foi responsabilizado por atentados a bomba na mesma região em que ocorreu a chacina.

Para conter a onda de violência, o governo mexicano colocou, desde 2008, mais de 30 mil soldados nas ruas. Em 2007, o presidente Calderón e o presidente George W. Bush assinaram um acordo conhecido como Iniciativa Mérida, um plano de combate ao tráfico na América Central de cerca de US$ 1,5 bilhão, a serem gastos em três anos. O plano foi aprovado em junho do ano seguinte no Congresso americano. Ele inclui a compra de helicópteros, treinamento de policiais e implementação de tecnologia contra o crime organizado. Até março desde ano, apenas 9% do total destinado foi gasto.

Saiba mais

Brasileiros longe de casa (Cortez): livro de Teresa Sales sobre a vida de imigrantes brasileiros que criaram raízes no Estado de Boston.

Brasileiros nos Estados Unidos (Paz e Terra): pesquisa da cientista social Ana Cristina Braga Martes a respeito dos brasileiros que vivem no exterior.

Meridiano de sangue (Alfaguara): ficção do escritor americano Cormac McCarthy que retrata a violência na fronteira do México com o Estado do Texas no século 19, baseado em fatos reais.

2666 (Companhia das Letras): um dos melhores romances do escritor chileno Roberto Bolaño, inspirado nas mortes de mulheres em Ciudad Juarez.

Jean Charles (2009): filme sobre o eletricista mineiro (interpretado por Selton Mello) que foi morto em 22 de julho de 2005 por policiais no metrô de Londres, confundido com um terrorista.

Traffic (2000): dirigido por Steven Soderbergh, o filme conta histórias interligadas no contexto do tráfico de drogas do México para os Estados Unidos.

José Renato Salatiel é jornalista e professor universitário

segunda-feira, 28 de março de 2011

AULA 7

AULA 7 - Wikileaks
por Jônatas de Castro Gonçalves

A história da organização Wikileaks
A ONG Wikileaks é uma organização sem fins lucrativos que foi fundada em 4 de outubro de 2006, mas passou a funcionar apenas em Janeiro de 2007. Uma organização cujo objetivo é revelar para o público informações confidenciais de governos e grandes empresas, cujos assuntos são políticos, históricos, éticos e diplomáticos.
A organização foi fundada por um grupo de jornalistas, incluindo Julian Assange, editor-chefe e porta-voz do site. A Wikileaks busca aumentar a transparência dos governos, promover a democracia e diminuir a corrupção através dos vazamentos de informação, que são distribuídos para o público.
A Wikileaks só passou a ser conhecida como uma organização mundial quando em abril de 2010, foi vazado o vídeo do ataque da força aérea norte americana contra civis iraquianos e alguns agentes da Reuters em 2007. A pessoa que vazou essas informações foi um soldado do exército americano chamado Bradley Manning, que atualmente o exército americano o mantém isolado em Virgínia.
A organização teve sucesso pelas suas informações criptografadas e estratégias de prevenção de rastreamento dos autores de cada documento entregue ao Wikileaks. Atualmente, Julian Assange se encontra na Suécia, onde está respondendo às acusações de assédio sexual contra duas mulheres, mas a organização Wikileaks continua trabalhando normalmente no vazamento e divulgação de informações.
Julian Assange e os seus motivos na criação do Wikileaks
Julian Assange é um dos fundadores e editor chefe do Wikileaks. Junto com a organização, Assange acredita que o vazamento de informações de governos e grandes empresas farão com que estes possam ser menos corruptos, mais transparentes e democráticos.
Julian Assange é um homem de personalidade combativa, ele acredita que se ele combater os governos e empresas corruptas, através do vazamento e revelação de informação, ele estará ajudando muitas vítimas desses órgãos. Isso o motivou a fundar o Wikileaks e ele espera que a organização, mesmo sem ele, possa continuar realizando esse trabalho, já que ele acredita que a internet é um forte potencial para alteração na sociedade e transporte de informações.
EUA andam preocupados com as ações do Wikileaks
Após a polêmica do episódio da divulgação do vídeo do ataque aéreo americano aos civis iraquianos, os EUA viram que a Wikileaks, a responsável pela divulgação do vídeo, é uma ameaça para os seus interesses diplomáticos e políticos no mundo. Para se ter a idéia, o vídeo fez com que diversos manifestantes e outras organizações começassem a agir para apoiar a Wikileaks, dificultando os EUA, já que eles querem proteger outras informações que correm riscos de sofrerem o vazamento.
Graças às ações da Wikileaks, os EUA estão tendo dificuldades diplomáticas com vários países, incluindo o Brasil, pois foram reveladas informações contendo críticas à segurança amazônica e marítima do governo brasileiro, aumentando mais a barreira entre as duas nações e prejudicando o objetivo dos EUA fazer seus interesses na América do Sul. A revelação das bases americanas na Europa beneficiaram muito os adversários da Otan.
Atualmente, os EUA afirmam que a organização Wikileaks está pondo em risco vidas de pessoas por causa das informações vazadas e os acusam de sabotar as relações pacíficas americanas com os outros países. Os EUA estão tentando intimidar a organização Wikileaks através de diversas ameaças e estão tentando atacar a organização com tecnologia para neutralizar sites, mas a Wikileaks está sendo defendida por um grupo de hackers leais às intenções da organização.
Curiosidades
Alguns fatos revelados pelo Wikileaks acerca do Brasil e da América do Sul
A organização, desde seu começo, priorizou a publicação dos arquivos secretos dos EUA, até que se tornou famoso pelo vídeo do ataque americano contra agentes da Reuters e Iraquianos em Bagdá. Em meio às informações vazadas pelo Wikileaks, apresentaremos 10 fatos inclusos nesses vazamentos acerca do Brasil e da América latina:
1º As olimpíadas no Brasil.
Em um relatório cujo título é “Olimpíadas do Brasil- O futuro é hoje, os EUA reclamam da atitude do governo brasileiro quanto às olimpíadas de 2016, pois eles criticam deles deixarem a realização das construções para a última hora. Em entrevista acerca do assunto, a Ministra Conselheira da Embaixada americana Lisa Kubiske, diz: “Articular os objetivos mais amplos e deixar os detalhes para o último minuto pode ser o jeito tipicamente brasileiro, mas pode gerar problemas”, diz ela. “Os atrasos que esperamos do governo brasileiro em planejar e executar os trabalhos de preparação para uma Copa do Mundo e Olimpíadas bem-sucedidas com certeza vão gerar um ônus maior para o governo americano poder garantir que os padrões necessários serão alcançados”.
2º Brasil quer ser igual aos EUA.
Em um documento escrito em novembro 2009 para o Washington, sobre a discussão das relações exteriores, dizia que o Brasil queria competir com os EUA na América do Sul e o país não confia nas intenções dos EUA na região. E está escrito no documento que o Brasil possui uma necessidade quase neurótica de ser igual aos EUA.
3º Brasil quer se tornar independente dos EUA
Em um documento enviado em novembro de 2009 ao Washington. Clifford Sobel (ex embaixador Americano) escreveu críticas sobre o plano brasileiro de defesa territorial escrito em 2008. Ele fala que as intenções desse plano é fazer o Brasil ficar independente dos EUA. Sobre a compra dos caças franceses, o embaixador ressaltou que essa ação não faz sentido economicamente, devido ao número relativamente pequeno. E conclui que o Brasil valoriza mais a independência do que a força militar e o uso eficiente de recursos.
4º Brasileiros possuem exagerada preocupação com a defesa do território
A organização diplomática americana criticou o Brasil por causa de seu excesso de preocupação quanto à defesa da Amazônia contra organizações não governamentais, cujo objetivo é a proteção da soberania nacional. As reservas petrolíferas no Brasil são também citadas pelo embaixador Clifford Sobel. Ele afirma que essas áreas não correm riscos de ameaças, mas os líderes brasileiros apelam para o aumento da segurança marítima.
5º Apagão de 2009 deixou os EUA preocupados
O apagão de 2009, que deixou 18 estados brasileiros sem energia, preocupa o governo americano, que possuem a hipótese do apagão ocorrer durante as olimpíadas, ameaçando a segurança durante os jogos. Em um documento enviado á Washington, a conselheira para assuntos administrativos da embaixada, Cherie Jackson afirma que o apagão é uma oportunidade para que os EUA possam apoiar o Brasil no desenvolvimento da infraestrutura para a copa. Até o próprio governo brasileiro admite que existe possibilidade do apagão ocorrer durante os jogos olímpicos e disseram que estarão revisando as instalações.
6º Brasil rejeita a prisão de refugiados de Guantánamo
John Davilovitch, embaixador de Brasília, enviou um documento à Washington em 2005, revelando que o Brasil foi procurado pelos EUA para abrigar refugiados uigures (habitantes ao Noroeste da China) de Guantánamo no país. O governo brasileiro rejeitou o pedido dos EUA, afirmando que é ilegal designar como refugiado aquele que não está em solo brasileiro
7º Presidente Lula, o esquerdista pragmático.
Em um documento escrito em fevereiro de 2009, Clifford Sobel afirmou que o Lula é um esquerdista pragmático e falou que não foi ele o principal arquiteto da política externa da administração brasileira. Está escrito no documento que, embora Lula chegasse ao poder sem experiência e com a idéia de que os países mais desenvolvidos se opõem aos menos desenvolvidos, o presidente obteve sucesso por assumir uma abordagem pragmática ao invés da ideológica, porém o problema é que existe uma tensão entre as ações e a retórica do presidente, isso afirma o embaixador.
8º Exploração de Uranio na América latina:
Segundo um documento enviado à Washington, existe exploração ilegal de Urânio nos territórios da floresta Amazônica, feita por membros da Farc e até por alguns iranienses. No documento está escrito que o Irã está interessado em ganhar o Urânio dessa região, principalmente nos países da Bolívia e Venezuela e vem estudando desde 2006 a possibilidade de explorar Urânio na América latina.
9º Brasil participa junto com os EUA na frente antiterrorista.
Um documento escrito em dezembro de 2009 revela que Brasil prendeu um terrorista da Al-Qaeda no país e revela que o Brasil auxilia os EUA na prisão de antiterroristas.
O governo brasileiro faz de tudo para não revelar tal informação, pois temem que isso possa prejudicar o turismo no país. Segundo uma carta escrita em janeiro de 2009, Clifford Sobel afirma que o Brasil rejeita definir legais os grupos como os Hama, Hezbollah e até mesmo as Farc. Os dois primeiros considerados no país partidos legítimos.
De acordo com o embaixador, a polícia federal prendeu tais terroristas e acusaram eles de outros crimes não relacionados ao tema para que o Brasil evitasse ganhar a imagem de um país agressivo, para que não fossem vítimas das publicações da mídia.
10º México está pedindo aos EUA para comprometerem o Brasil na frente contra o Hugo Chávez
Em outubro de 2009, a embaixada informou que o presidente mexicano Felipe Caldéron e o diretor da agência de inteligência americana, Dennis Blair fizeram um encontro e no documento constata a preocupação do México (representado pelo presidente) com o Hugo Chávez, o presidente da Venezuela.
Diz o presidente Felipe Caldéron que é preocupante a influência de Hugo Chávez na América, pois este conserva relações com o Irã e há uma relação entre o tráfico de drogas e assuntos relativos ao estado de direito, além dele não permitir a liberdade de imprensa na Venezuela, podendo mudar a sociedade do país e sua constituição.
O perigo está em espalhar essa influência direitista, podendo atingir os países da América latina, o presidente mexicano afirma que o país está tentando isolar a Venezuela através do Grupo do Rio. Afirma o presidente Felipe Caldéron que Brasil será vital nesse combate ao Hugo Chávez.
Bibliografia:
http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/13-fatos-sobre-o-brasil-revelados-pelo-wikileaks/

segunda-feira, 21 de março de 2011

AULA 6

AULA 6 - INVASÃO DO COMPLEXO DO ALEMÃO
por Ana Beatriz Meyer

A invasão do Complexo do Alemão, norte do Rio de Janeiro, foi anunciada dia 26 de novembro de 2010 (sexta-feira), porém só aconteceu no dia 28 (domingo), por volta das oito horas da manhã. Antes disso, um helicóptero da Policia Civil sobrevoou a área e policiais pediram calma e colaboração aos moradores, afirmando que sabiam diferenciar bandidos de moradores. Porém, todos foram minuciosamente revistados, desde crianças até transportes coletivos.

Cerca de 2.600 agentes participaram da ocupação, variando entre polícia civil, militar, federal, exército, integrantes do BOPE e da policia florestal, que vasculhou a área de mata que cerca a região. A operação, que consistia em apoio aéreo (um helicóptero filmava e mostrava imagens dos traficantes escondidos e o outro acertava alvos no morro) aos policiais, que simultaneamente invadiam o morro. O BOPE aguardava fora da operação, esperando para entrar com blindados da marinha, dirigidos por fuzileiros. Por volta das dez e meia, a polícia já havia chegado ao topo do morro, e a pouca resistência apresentada pelos traficantes deixou os moradores e a polícia preocupados com uma possível estratégia de contra-ataque.


A polícia cercou o morro e fechou seus acessos, impedindo o fluxo de entrada de moradores. Alguns deles, mesmo com medo do tiroteio, acompanharam o cerco de dentro de uma padaria (um dos únicos comércios abertos no local). O ápice de tensão se deu no início, no qual houve tiroteio entre polícia e bandidos, mas a grande preocupação era de que traficantes pudessem estar escondidos nas casas, usando moradores como escudo ou reféns. Cerca de 500 traficantes com armamento pesado estavam na região.


No total, foram apreendidos mais de dez toneladas de drogas como maconha, cocaína, crack e até ecstasy, mais de 100 armas, algumas desmontadas e outras sem condições de uso, uma agenda com anotações contábeis do tráfico, munição e medicamentos. Porém, não foi divulgado número de mortos, e pelo menos seis ONG’s elaboraram relatórios sobre as ações policiais, pois teriam ocorrido torturas, extorsões, desvio de armas e drogas e execuções de suspeito. Consta nesses relatórios que os policiais repassariam armas às milícias. Reclamaram que não houve investigação adequada às mortes e dizem que haveria uma “caixa-preta”, contendo informações sigilosas sobre a operação.


A invasão não teve muito destaque no cenário internacional, não foram publicados detalhes, e a imprensa diz apenas que a operação visa deixar a cidade mais segura para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, que foi complexa e que envolveu cerca de 2.600 homens.